Inauguração Centro Paroquial e Bênção 1ª Pedra Nova Igreja

No dia 28 maio de 2017, a Paróquia de Canidelo realizou-se a solene celebração da inauguração do Centro Paroquial – Cidade de Deus e dos Homens – e a Bênção da 1ª pedra da Nova Igreja, marcado para as 16h00, numa tarde chuvosa marcou estes dois eventos.

A apresentação esteve a cargo do Apresentador Jorge Gabriel, que conduziu um programa todo estruturado de acordo com a ocasião. Iniciou por dizer que somos tão perseverantes como a chuva que caía e que Canidelo já merecia ter este Centro Social e Paroquial.

Eram cerca de 16h40 quando chegou o Senhor Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, tendo início esta cerimónia com a voz de Giovanni d’Amore que nos apresentou “Ave Verum” de W. A. Mozart.

O Senhor Padre Almiro Mendes tomou a palavra para dirigir aos presentes o devido acolhimento pela presença honrosa. Continuou, dizendo que Canidelo recusa ser uma Igreja fechada, mas que é uma Igreja voltada para o mundo. Afirmou que o apoio do Sr. Bispo do Porto e da Câmara de Gaia foram essenciais para este projecto, sem esquecer a Junta de Freguesia de Canidelo. O que parecia impossível passou a ser uma feliz realidade. As obras foram feitas em tempo recorde. Mas ainda não se atingiu tudo e esta é uma obra da Igreja para toda a comunidade. Deus quis que fossemos nós os escolhidos para construir a nova Igreja. Poderá parecer uma loucura, mas vai mesmo avançar. Não se pode deixar nada para amanhã, porque o amanhã é para os fracos. Este lugar é Lavadores igual a lava as dores e deseja que a Cidade de Deus e dos Homens sirva para lavar as dores de todos.

Uma paróquia é sempre um mar de possibilidades, um lugar revelador da beleza do humano e do encanto do divino e uma instância onde todos se sentissem acolhidos, servidos e amados.

Terminou, referindo-se à Seca do Bacalhau que ali existiu, e disse que o povo ficou com o bacalhau e o Padre com a seca, pois deu-lhe muitas dores de cabeça para ficar da forma que está.

A cerimónia continuou com a apresentação de um filme de Victor Salvador, sobre a antiga Seca do Bacalhau, sob a entrevista da Clara a Paroquianos que na Seca do Bacalhau trabalharam, esta primeira parte terminou com imagens fotográficas do trabalho feito nos pavilhões onde mostrou os pavilhões abandonados, as obras, a cerimónia do protocolo de assinatura da cedência dos pavilhões e os pavilhões reconstruídos dando lugar à Cidade de Deus e dos Homens.

Jorge Gabriel retomou a apresentação do evento, começando por dizer que qualquer palavra sobre a obra que o Padre Almiro fez aqui como já fez em Ramalde, nunca será suficiente. Continuou, chamando ao palco várias individualidades que, de formas diversas se revelaram importantes para este Centro Paroquial:

  • D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto – quis e mandou que se construísse o Centro Paroquial e um dos pavilhões tem já o seu nome;
  • Prof. Dr. Eduardo Vítor Rodrigues, Presidente da Câmara de Gaia – tomou a decisão de ceder os pavilhões à paróquia e o primeiro pavilhão será inaugurado com o seu nome;
  • Dra. Maria José Gamboa, Presidente da Junta de Canidelo – abraçou e fez sua esta causa e o segundo pavilhão terá o seu nome;
  • Arquitectos Valentim Miranda e Miguel Miranda – grandes benfeitores da paróquia. Esta obra tem o seu cunho e a sua generosidade;
  • Eng.º Fernando Gusmão – não sendo um paroquiano de Canidelo, ofereceu todo o projecto de electricidade;
  • Sr. Paulino, Eng.º António, Sr. António Lopes e Sr. Paulo – responsáveis pela obra;
  • Mestre Mário Rocha – autor do painel de azulejos;
  • D. Fernanda (Cerâmica Vale do Neiva) – ofereceu os azulejos para o grande painel;
  • Dr. Agostinho Santos a pedido da Presidente da Junta fez a obra do Jardim da Misericórdia;
  • Eng.º Manuel Pedro Quintas – responsável da empresa que executou todas as peças do jardim da Misericórdia;
  • Domingos Calheno – por todo o apoio e trabalho como braço direito do Padre Almiro;
  • Eng.º Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara de Gaia – pôs em prática as ideias do Presidente da Câmara;
  • Pedro Pedreira – o que mais contribuiu financeiramente e trabalho.

A todos foi entregue uma pequena obra de arte, símbolo do Centro Paroquial.

Jorge Gabriel continuou dizendo que falta construir a Igreja. E quem a construirá? As crianças da catequese iriam ajudar a responder a esta pergunta, através de uma apresentação, na qual construíram uma Igreja simbólica com tijolos de esferovite e que culminou com uma largada de balões brancos.

Após mais uma interpretação de Giovanni d’Amore, passou-se à Bênção da 1.ª Pedra da nova Igreja.

O Diácono Fernando Almeida fez o pergaminho que assinala o acontecimento e fez também a respectiva leitura. Este pergaminho foi assinado pelo Sr. Bispo do Porto, pelo Sr. Presidente da Câmara, pela Sra. Presidente da Junta e pelo Sr. Padre Almiro. Seguidamente, foi enfiado num cilindro que foi colocado dentro da 1.ª Pedra, e selado com cimento pelos quatro intervenientes. O Sr. Bispo D. António Francisco dos Santos afirmou que este centro é uma bênção para Canidelo e para toda a Diocese do Porto. O Diácono Custódio Veríssimo proclamou o Evangelho retirado do capítulo 7 de S. Mateus e que se refere à casa construída sobre a rocha. Seguiu-se a bênção e aspersão com água benta.

Foi, depois, colocada sobre esta pedra uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, oferecida pelas mulheres cristãs de Canidelo, enquanto as crianças do Gaiaprende + interpretavam um tema a Nossa senhora.

Jorge Gabriel disse que as lágrimas que o Padre Almiro soltou durante a música, são a nossa satisfação. Depois, chamou os protagonistas desta concretização.

  • Arquitecto Valentim Miranda

Falou como canidelense e como autor do projecto. Em boa altura, o Sr. Bispo escolheu avançar com este projecto. Todos os envolvidos merecem o respeito e o agradecimento de Canidelo. É preciso trabalhar para construir a nova Igreja e tudo fará nesse sentido.

  • Dra. Maria José Gamboa

Dirigiu-se a todos como companheiros deste sonho. Fez sentido olhar para este espaço e fazer passar por aqui a humanidade de Canidelo. O Centro começou com o Gaiaprende + e tinha que nascer num local que muito diz do trabalho dos canidelenses. Agradeceu ao Presidente da Câmara por oferecer os pavilhões e ao Padre Almiro por acreditar nas crianças. Terminou dizendo que esta pedra tem um significado para todos os canidelenses, a começar pelas crianças.

  • Prof. Dr. Eduardo Vítor Rodrigues

Dedicou ao Sr. Bispo e ao Sr. Padre Almiro este equipamento. Afirmou que a actuação do Sr. Bispo é o eco das palavras do Papa Francisco. A situação actual da Câmara de Gaia permitiu o apoio dado a este projecto e a Câmara sempre priorizou o apoio social, como o Centro Social de Canidelo. Homenageou o Padre Almiro, a Dra. Maria José Gamboa e os dinamizadores do Gaiaprende +. Se a Câmara foi capaz de ajudar, com a grave situação que atravessou, melhor fará no futuro, com uma situação mais favorável.

  • António Francisco dos Santos

Agradeceu ao Presidente da Câmara pela ousadia e pelas boas notícias que trouxe. Saudou o Padre Almiro pelo seu empenho e a Jorge Gabriel pela sua disponibilidade. Agradeceu a todos os presentes e aos ausentes. É um dia histórico para toda a Igreja do Porto. Evocou a memória de quantos trabalharam neste espaço em tempos difíceis. Há momentos que só de coração ajoelhado se podem viver e agradecer e este é um desses momentos. Agradeceu a generosidade do Padre Almiro que acolheu Canidelo e se deu todo. Lembrou as palavras do Papa Francisco em Fátima “TEMOS MÃE” e a Igreja também é Mãe. O Papa Francisco beijou as mãos do cuidador do sacerdote mais idoso da Diocese do Porto e, à sua semelhança apetecia-lhe beijar as mãos do Padre Almiro pelo desvelo com que cuida dos seus paroquianos. Esta obra não nasce do nada, mas do aproveitamento. Terminou agradecendo a Deus por conceder ao Padre Almiro e a Canidelo a vontade de construir este sonho.

Jorge Gabriel terminou a apresentação desta cerimónia agradecendo a todos os que tornaram possível este evento. Também foi homenageado pelo Padre Almiro ainda em palco.

Giovanni d’Amore manifestou o desejo de vir cantar quando a Igreja for inaugurada e cantou “Ave Maria” de Bach / Gounod.

A cerimónia terminou com a inauguração da Praça da Misericórdia e dos Painéis da Cidade de Deus e dos Homens.