São Paio

Um pouco de história…

A Capela de S. Paio foi construída no século XVII, por Gaspar Braga em 1568. É pertença das Irmãs Oblatas do Coração de Jesus desde 1936, assim com o Palacete de S. Paio ou Quinta dos Bicos, hoje também chamada Casa de Santa Isabel.

Desde que aqui chegaram, as Irmãs Oblatas tiveram a preocupação da Educação humana e cristã das crianças e Jovens. Nos anos 70 a Ir. Ema Soares, com o Sr. José Angélico e um grupo de leigos, empreenderam a restauração desta Capela, com a ajuda do povo e da autarquia. Desde então está aberta ao público. Celebra-se diariamente a Eucaristia e funciona aí um centro de catequese.

No séc XVIII sofreu alterações e, foi restaurada nos anos 80 do século XX, após anos de abandono. Fica situada ao lado da Quinta do Canidelo, também conhecida por Quinta do Paço, no extremo Norte da Freguesia, ao fundo da antiquíssima rua que liga Almeara à Afurada, sendo precisamente a última construção do lado esquerdo daquela, defronte do portão das traseiras da Casa de Santa Isabel. Logo por vizinho tem o magnificente rio Douro. Recebeu beneficiação, a sua rua principal e, as ruas que a circundam são de lance recente. Todo o espaço que a rodeia foi literalmente modificado e é de traços modernos. Nela se celebra missa semanal e, são inúmeros os fiéis que ali se deslocam, quer idos daquele lugar de São Paio, como de outros lugares da freguesia de Canidelo, como Almeara e Lavadores e, da vizinha freguesia da Afurada. O local é paradisíaco, fresco e, com uma vista em redor fantástica, quer para o verde da floresta nas traseiras para sul, quer para a magnífica baía de São Paio, onde, repousam embarcações à espera de, com a protecção de *Sam Payo, partirem para a faina.

A imagem de S. Paio existente na capela é de terracota e é relativamente recente.

Martírio de S. Paio

No início do século X, o rei mouro, Abdrraman III, estava a expandir o seu império conseguindo entrar pela Andaluzia e conquistar Castela. Entre os cativos que o exército mouro levou para Córdova, ía Hermigio, Bispo de Tuy, o qual ficou prisineiro durante um ano e meio.

Para pagar o seu resgate, teve de dar uma grande quantia de dinheiro e deixar um seu sobrinho, Plágio (cujo nome deriva em Paio) como refém. Paio era uma criança com cerca de 10 anos, cuja beleza interior se refletia no exterior. Esteve preso 3 anos. Durante esse tempo, Deus fortaleceu-o na fé e deu-lhe a coragem para preferir o martírio que o esperava.

Falaram ao rei da grande beleza de Plágio o qual se encheu de curiosidade e mandou-o chamar. O rei tentou convencê-lo a renunciar à fé cristã, com promessas de riquezas e honras. A todas, Plágio desprezou e respondeu ao mouro: “Senhor, eu fui cristão até agora, sou cristão e sê-lo-ei até à última hora da minha vida. As riquezas e bens que me prometeis hão-de ter fim, a glória que espero vem de Deus”.

Como o rei viu que não conseguia convencer o adolescente mandou martirizá-lo, lentamente, até que renegasse a sua fé em Cristo. Foi despedaçado aos poucos com umas tenazes. O seu martírio foi consumado no dia 26 de Junho do ano 925.

O seu atributo pessoal são umas tenazes de ferro, instrumento com o qual foi despedaçado, um cutelo e uma espada. Também costuma levar a açucena da sua pureza em vez da palma do Martírio.

Oração

Senhor Jesus, Vós que dissestes:
“não há maior prova de amor do que dar a vida pelo amigo”,
nós Vos pedimos, fortalecei a nossa fé,
para que a exemplo do jovem S. Paio
e por sua intercessão,
Vivamos unidos a vós e assim,
Possamos dar testemunho da Vossa ressurreição.
Vós que viveis com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amen.

S. Paio, mártir da pureza e da fé, rogai por nós